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REALISMO-NATURALISMO
REALISMO-NATURALISMO

REALISMO-NATURALISMO

 

Em 1857, no mesmo ano em que no Brasil surgia O guarani, de José de Alencar, na França foi publicado Madame Bovary, de Gustave Flaubert, considerado o primeiro romance realista da literatura universal. Em 1867, Émile Zola publica Thérèse Raquin, inaugurando o romance naturalista.

Tem início, assim, uma nova vertente no campo das artes, genericamente denominada Realismo, voltada para a análise da realidade social, em nítida oposição à arte romântica, de gosto burguesa. Na literatura, mais especificamente na prosa, percebem-se duas tendências: o romance realista e o romance naturalista.

No Brasil, considera-se 1881 como o ano inaugural do Realismo, com a publicação de dois romances fundamentais: O mulato, de Aluísio de Azevedo. O primeiro romance naturalista do Brasil e Memórias Póstumas de Brás Cubas,  de Machado de Assis, o primeiro romance  realista de nossa literatura.

O Realismo reflete as profundas transformações econômicas, políticas, sociais e culturais da segunda metade do século XIX.

  • Revolução Industrial;
  • Utilização do aço, petróleo e eletricidade;
  • O capitalismo se estrutura em moldes modernos.

 

Por outro lado, a massa operaria urbana avoluma-se, formando uma população marginalizada que não participa dos benefícios gerados pelo progresso industrial. Essa nova sociedade serve de pano de fundo para uma nova interpretação da realidade, gerando teorias de variadas posturas ideológico.

 Nosso país não sofre mudanças que no campo econômico e político-social. A monarquia que é o sistema governante entra em progressiva decadência; o ideal republicano ganha força e avança com suas ideias tendo apoio dos militares; a mudança na mão-de-obra, que deixa de ser escrava e passar a ser assalariada (imigrantes), forma uma nova economia voltada para o mercado externo.

 

CARACTERÍSTICAS MARCANTES

 

  • Estão ligadas ao momento histórico o que reflete o ideal positivista de Augusto Comte, que preocupa-se com o real-sensível, o fato;
  • Socialismo científico de Marx e Engels, definindo o materialismo  que  se afirma sobretudo ante o problema da origem do mundo (que dispensa a criação divina e se explica em termos evolutivos).
  • Evolucionismo de Charles Darwin  com uma perspectiva teórica segundo a qual os fenômenos sociais e culturais da vida humana estão sujeitos a leis gerais de transformação, análogas e complementares às da evolução biológica, e que determinam o surgimento de formas mais complexas a partir de formas mais simples e a crescente diferenciação entre as várias sociedades e culturas (ger. concebidas como provenientes de uma única origem).
  • O objetivismo surge como negação do subjetivismo romântico (tendência que atribui caráter subjetivo à realidade, à verdade e aos valores), e nos mostra o homem voltado para aquilo que está diante e fora dele, o não-eu.
  • Universalismo
  • O materialismo leva a negação do sentimentalismo e da metafísica.
  • O Realismo só se preocupa com o presente, o contemporâneo.  
  • O avanço das ciências influencia sobremaneira os autores da nova estética (tradicionalmente, estudo racional do belo, quer quanto à possibilidade da sua conceituação, quer quanto à diversidade de emoções e sentimentos que ele suscita no homem), principalmente os naturalistas, daí se falar e cientificismo nas obras desse período.
  • A maioria dos autores naturalistas são adeptos do determinismo (relação entre os fenômenos pela qual estes se acham ligados de modo tão rigoroso que, a um dado momento, todo fenômeno está completamente condicionado pelos que o precedem e acompanham, e condiciona com o mesmo rigor os que lhe sucedem).Assim a obra de arte está determinada por três fatores: meio, momento e raça (hereditariedade).
  • Os autores são antimonarquistas, ou seja, apóiam o ideal republicano.
  • Negam a burguesia (principalmente os valores familiares, por isso, o tema e recorrente acerca dos triângulos amorosos, formado pelo pai traído, a ame adultera e o amante, que geralmente é um amigo da casa.
  • São anticlericais, por isso denunciam em suas obras os padres corruptos e a hipocrisia das beatas.

I

 O ROMANCE REALISTA

 

Tem em Machado de Assis seu maior expoente, trata-se de uma narrativa mais voltada para a análise psicológica; sua crítica tem por alvo a sociedade a partir do comportamento de determinados personagens, revelando evidente preocupação com o indivíduo.

Dessa forma seu romance analisa a sociedade por meio das personagens capitalistas que pertencem à classe dominante tais como: Brás Cubas, Bentinho, Quincas Borbas. Assim o romance realista é documental. Machado de Assis publica em 1881 Memórias Póstumas de Brás Cubas (primeiro romance realista do Brasil).

 

O ROMANCE NATURALISTA

 

Aluísio de Azevedo (em 1881 publica O Mulato primeiro romance naturalista brasileiro), Júlio Ribeiro. Adolfo Caminha, Domingos Olímpio, Inglês de Sousa e Manuel de Oliveira Paiva. No caso de Raul Pompéia que apresenta características naturalistas e também realistas o que é discutido a parte pelos catedráticos.

A narrativa naturalista é marcada pela vigorosa análise social a partir de grupos humanos marginalizados, valorizando-se o coletivo, como acontece com os nomes de algumas obras tais como: O cortiço, Casa de pensão, O Ateneu.

 Para reforçar a ideia acima é bom lembrar que: no romance O Cortiço as personagens João Romão, Bertoleza ou Rita Baiana, servem como pano de fundo para aquilo que realmente o autor quer tratar, a vida no cortiço, da mesma forma, na obra O Ateneu. Ambos convergem para a destruição dos prédios, abrigos coletivos.

Por outro Aldo, o Naturalismo, apresenta romances experimentais, com a preocupação em formular regras com base no cientificismo. Sem contar com a influência do darwinismo, onde o homem é enfatizado com a natureza animal, criando um encontro violento entre o instinto versus razão. Esse instinto é expresso no comportamento sexual, que a falsa burguesia não é capaz de reprimir.

Os textos naturalistas rompem com a temática e aborda a questão do homossexualismo masculino, como no Ateneu, ou feminino, em O cortiço.

 

 

Bibliografia

 

TERRA. Ernani. Curso prático de língua, literatura & redação. São Paulo. Scipione.

 

COUTINHO. Afrânio. Literatura no Brasil. São Paulo. Global. 2004